Com os softwares de edição de imagem, muitos filtros caíram em desuso. Porém, o filtro polarizador é insubstituível, entenda porquê.
Com a evolução da fotografia digital e os softwares de tratamento de imagem, muitos acreditaram que todos os filtros físicos estariam condenados à extinção. Entretanto, alguns deles continuam sendo bastante usados na fotografia de paisagens, como os filtros de densidade neutra e o filtro polarizador. O filtro polarizador é realmente o único insubstituível. Seu efeito não é replicável nos softwares de edição (pelo menos até agora). Se for para ter um só filtro, recomendo que tenha esse. Mas o que ele faz afinal?
Na teoria pode ser um pouco complicado, pois envolve entender o comportamento físico da luz como sendo matéria e onda. Mas na prática, o que interessa a nós fotógrafos é que este filtro é usado para realçar cores e tirar reflexos. Com ele podemos realçar a cor do céu e da vegetação. Também podemos tirar o reflexo da água e dessa maneira ver através dela, enxergando o fundo. Estes são os exemplos mais clássicos na fotografia de paisagens.
No exemplo abaixo, mostro a diferença entre duas fotos. Na esquerda sem filtro polarizador e na direita com filtro polarizador. Note como os reflexos da água desaparecem e conseguimos ver a cor do fundo de terra da cachoeira, ao invés dos brancos dos reflexos. O mesmo efeito acontece na terra molhada, nas pedras e, o menos óbvio, na folhagem. Perceba como as folhas perdem o brilho e ganham mais saturação da cor verde. São efeitos não replicáveis com tratamento de tone mapping.
O filtro polarizador mais comum, é o circular. Ele é composto por dois discos, um sobre o outro. O primeiro é rosqueado na lente e o segundo fica solto para girar livremente. Os seus efeitos acontecem gradualmente quando o segundo disco gira em relação ao primeiro disco. Nas fotos de exemplo, girei o segundo disco até que os efeitos fossem completamente anulados e depois para que tivessem força máxima, representando os dois extremos. Mas pode não ser necessariamente o ideal a ser feito em todas as fotos. Às vezes esse uso pode dar um tom exagerado, e assim devemos girar o disco lentamente, dosando gradualmente a força do efeito polarizador.
Como efeito colateral, o filtro polarizador causa a perda de dois pontos de luz, sendo necessário aumentar a exposição. Um bom filtro não deve alterar as cores ou nitidez da imagem. Vale investir nos filtros mais caros para garantir essa qualidade. Boas marcas para os filtros polarizadores circulares são Marumi e Hoya. Além dos filtros circulares, há também os quadrados, como os das marcas Nisi e Lee. Lembre-se que qualquer coisa que entre na frente da sua lente, pode alterar sua qualidade. Sua lente é provavelmente cara e bem fabricada para oferecer a melhor imagem possível, e você não quer estragar isso usando um filtro de má qualidade, certo?
Espero que tenha apreciado a leitura! Para aprender e praticar mais sobre fotografia de paisagens, dê uma olhada nos nossos eventos e deixe seu email abaixo para receber mais novidades.
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